e se torn, da natalie imbruglia, tivesse uma versão ainda melhor?
- melody erlea
- 5 de out. de 2021
- 1 min de leitura
acho que absolutamente todo mundo que me segue lembra do hit pop-melancólico da natalie imbruglia, torn, que em 1997 embalou todas as noites pré-adolescentes de meninas escrevendo em seus diários sobre amores inalcançáveis (tipo o nick carter dos backstreet boys).
mas cê já ouviu a versão original, escrita e composta em 1993 por anne preven, vocalista da banda ednaswap? a banda lançou a versão de estúdio de torn em 1995, em seu álbum de estréia, mas não alcançou muita popularidade.
na voz de anne preven, torn adquire todo um novo sentido, mais crua, mais amarga, ainda que com uma sonoridade bem noventista, daquele róquinho meio alanis - uma voz feminina angustiada, uma letra triste-raivosa, umas guitarrinhas delícia... não sei vocês mas eu não preciso de mais nada.
natalie inbruglia deixou a música mais limpinha, mais radio-friendly, com aquela carinha disk mtv que fez da coisa mais palatável e comercializável, e acabou transformando torn em uma daquelas canções eternas, que vai tocar na alfa fm pra todo o sempre e ficar marcada na nossa memória-pop coletiva.
se eu disser que não amo a versão da natalie, estarei mentindo. gosto mesmo, gosto muito, fecho os olhos e canto juntinho com muito sentimento. mas na visão original de anne preven de como essa música devia soar... ela vira outra coisa, carnal, densa, muito mais profunda do que qualquer pop super produzido.
pega a versão de estúdio de 1995 da ednaswap, e a versão de 1997 da natalie imbruglia, e me diz: qual cê curte mais?
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