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eu e mafalda, mafalda e eu

  • Foto do escritor: melody erlea
    melody erlea
  • 1 de out. de 2020
  • 1 min de leitura


me inspirei na @ratoledo e vim contar minha história com a mafalda, em homenagem a quino, seu autor, que faleceu ontem. o post atrasou porque tive que ir nos meus pais buscar esse livro da mafalda, que é o primeiro que ganhei na vida, numa edição portuguesa de 1990.⠀

eu tinha uns 4 ou 5 anos e tinha acabado de aprender a ler. ganhei da minha mãe, mas acho curiosíssimo uma edição portuguesa da mafalda ter vindo parar nas mãos de uma criança tão jovem. mamãe disse que nos anos 80 só achava em espanhol e esse foi o primeiro em português que encontrou.⠀

a maior parte das mensagens contidas naquelas tirinhas eu não entendi na época - eu achava que a graça estava naquele português esquisito que eles falavam (que eu ainda não sabia que era um português estrangeiro). eu achava que essa era a piada: que eles falavam engraçado.⠀


eu sempre amei esse livro, mas só depois de adulta eu passei a apreciar ele direito.⠀

e, depois que tive acesso a outras publicações da mafalda, dessa vez nacionais, no nosso português de todo dia, percebi que eles falavam engraçado mesmo - não por causa do vocabulário, que no meu livro original (esse aí nas minhas mãos na foto!) é de portugal, mas porque nos diálogos daqueles quadrinhos havia muito mais sendo denunciado, na voz de uma criança e seus amigos do bairro.⠀

a mafalda falava engraçado, porque ela tava provocando a gente.⠀

e seguirá provocando, viu, quino.⠀

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