bad girl mas nem tanto
- melody erlea
- 24 de set. de 2019
- 2 min de leitura
i've been a bad, bad girl.... foi assim que eu fui apresentada a todo um novo conceito de mulher: fiona apple, seu disco de estréia e o single inesquecível criminal.
pohan, essa música, esse clipe e esse disco moldaram muito do que eu sou hoje em dia. de lá pra cá só me apaixonei mais pela fiona, por suas músicas que amadurecem com ela e seguem profundamente cortantes.
ela é o tipo de artista hit que tem o privilégio de lançar um disco a cada 7 anos e sumir completamente no ínterim. um privilégio que toda celebridade tem, na real, mas fiona não cede à pressão do mercado pra lançar coisa todo ano. ela respeita seu próprio tempo artístico e suas próprias vontades.
em entrevista recente pra @vulture, fiona explica como: quando perguntada sobre criminal, diz que a letra não significa mais nada pra ela, uma mulher completamente diferente daquela garota de 17 anos que compôs a canção. criminal é a música que fiona deixa cantarem em reality show, usarem em filme, samplearem e gravar cover. "é a música que paga por tudo que eu quero fazer".
é também a música que a sustenta e a permite viver reclusa e longe da mídia.
fiona pode ser uma slow celebrity, se manter fora dos holofotes e vender direitos das suas canções mais populares pra poder viver em paz, mas isso não a deixa imune às falcatruas da indústria de música - o rapper @lilnasx sampleou a música every single night da cantora, que mandou o seguinte recado pro lil rapper num vídeo recente:
CADÊ MINHA GRANA, Ô, BUNITINHO?
ou em bom e velho inglês: where's ma money, cute lil guy??
bitch better have my money - versão fiona apple!
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